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Tenho algo para lhe contar. Calma, não se assuste, antes de tudo, preciso que se sente.Eu sei que isso pode fazer com que eu nunca mais a veja, mas preciso lhe dizer que eles têm razão; eu o matei. Sim, mãe, em minhas roupas está seu sangue, cada camisa minha tem o cheiro de outras vidas que eu tirei impiedosamente. Sei que não estava preparada para saber tudo isso, porém, precisava dizer a alguém o quanto eu ria enquanto passava lâmina por aquele corpo imundo. Espere... Não fuja, ainda não acabei. Há outra coisa que preciso lhe dizer. Estou sendo atormentado, mãe, ele voltou das cinzas, eu vejo seu corpo ensanguentado por toda parte, mas sabe qual é a pior parte? Ele quer se vingar. Sei o quanto isso é horrível, mas não me arrependo do que fiz. 
Antes que eu me esqueça, você precisa saber que eu vi uma linda mulher aqui, ela também pareceu ter gostado de mim, nossos olhos se encontraram e eu senti algo estranho, algo...bom. Mas ouça, mãe: Ela não sabe os reais motivos de eu estar em um manicômio. Esse será um segredo nosso, preciso que não conte nada a ninguém, e acima de tudo, preciso que não conte nada a ela. Acha que pode fazer isso?

Sim, eles têm razão. Eu matei esses homens. Eu nunca te disse que era santo, carrego sangue em minhas mãos, tenho alucinações, a minha casa atualmente é um manicômio e você sabe disso, lá eu sou sedado e tenho surtos, eu agrido as pessoas e pouco me importo se vou matá-las. Eu sou o pior tipo de ser humano que você poderia vir a conhecer. Mas eu a amo e disso você também sabe, você tem sido a única coisa que me mantém vivo nessa terra, quero passar o pouco tempo que me resta ao seu lado, por isso eu te digo agora Anna, foge comigo ou então aperte esse gatilho de uma vez. Mas antes eu preciso que me ouça com atenção, sente-se, chegou à hora de você saber a verdade. Está pronta para ouvir?

Leia o primeiro capítulo clicando aqui.

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